As Eleições 2022 têm levantado inúmeros debates a respeito do futuro do país. A questão do trabalho e do emprego é uma das mais debatidas, uma vez que o Brasil ainda apresenta níveis considerados altos de desemprego. Segundo o último levantamento do IBGE, a taxa de desemprego ficou em 9,3% no trimestre encerrado em junho. Como esse cenário e as eleições impactam a empregabilidade em 2023?
Um assunto delicado como esse demanda análises cautelosas e baseadas em dados. Continue a leitura deste artigo do Caderno Nacional para entender melhor o cenário do emprego no país durante os próximos meses.
Cenário geral: desaceleração
As principais estimativas de mercado feitas até o momento, tanto em órgãos públicos quanto em instituições privadas, indicam um período de desaceleração ou instabilidade na criação de empregos.
Em entrevista à CNN Brasil, Rodolpho Tobler, pesquisador e economista do IBRE- FGV, existe possibilidade de os setores de comércio e serviços continuarem positivos nos próximos meses. No entanto, ainda segundo Tobler, o cenário positivo “adiciona riscos fiscais”, o que, a longo prazo, pode trazer um crescimento econômico fraco.
Já os indicadores divulgados pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central mostram forte desaceleração para o próximo ano. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou a criação de 219 mil postos de trabalho em julho de 2022, enquanto a estimativa do mercado era de aproximadamente 250 mil
Em entrevista ao portal NeoFeed, especializado em empreendedorismo, negócios, inovação e transformação digital, Rodolfo Morgato, economista da XP explicou: “Consideramos que a Selic a 13,75% se estende até junho de 2023. Portanto, as condições financeiras estarão apertadas nos próximos meses”.
As Eleições 2022 no contexto
Em linhas gerais, pode-se dizer que as estimativas para a economia brasileira na transição de 2022 para 2023 indicam sufoco para quem assumir o comando do país, independentemente de qual candidato e de qual partido, tanto no executivo quanto no legislativo.
Portanto, o próximo presidente encontrará a combinação de baixo crescimento, inflação corroendo o poder de compra e ausência de sinais de melhora no nível de emprego formal e na renda das famílias.
A estimativa é detalhada pelo jornal BCC Brasil, que detalha todos os indicadores usados, como crescimento econômico, inflação e contas públicas. A reportagem completa pode ser conferida no site da BBC Brasil neste link.
Dado o cenário apresentado por órgãos públicos e privados sobre a economia e a empregabilidade no Brasil, que demonstra um cenário preocupante de certa forma, é fundamental analisar as propostas de cada candidato a respeito da geração de empregos no Brasil. Lembrando que cada cidadão votará em 2022 para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
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