É inegável que o trabalho é uma das áreas mais importantes na vida de uma pessoa. Além de proporcionar a remuneração financeira, que permite o pagamento de contas, uma vida confortável e planos futuros, o trabalho é também uma fonte importante de realização pessoal e pertencimento. No entanto, esse peso da vida profissional pode levar a uma questão atual: a romantização do excesso de trabalho.
O desejo de crescer profissionalmente e a busca por reconhecimento dentro do mercado é fundamental para que o trabalho seja uma fonte de prazer e realização. Porém, hoje, esses objetivos muitas vezes são deturpados por profissionais, empresas, consultores e outras partes integrantes do mercado de trabalho, fazendo com que haja um desequilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
Essa narrativa valoriza o excesso de trabalho como um sinônimo de competência, capacidade intelectual, produtividade, organização e desempenho. Porém, o trabalho excessivo a curto, médio e longo prazo, na verdade, pode trazer inúmeros malefícios para o profissional, em termos tanto profissionais quanto pessoais.
Neste artigo do Caderno Nacional, entenda o que é a romantização do trabalho excessivo, quais suas principais consequências na vida de um profissional e por que ele não significa mais qualidade ou produtividade.
O que é o trabalho excessivo
A história do trabalho na humanidade é repleta de aprendizados e mudanças. Presente na vida humana há milênios, o trabalho foi profundamente alterado a partir da Revolução Industrial, no século XVIII. Quando começou, a industrialização permitia longas jornadas de trabalho, com operários que trabalhavam entre 14 e 18 horas e tinham breves pausas para as refeições.
Devido à pressão dos trabalhadores, com o passar do tempo as jornadas de trabalho foram reduzidas até chegarem à média de 8 horas diárias ou 40 horas semanais, padrão que se mantém até hoje. Com estudo de profissionais da área, a jornada de 8 horas foi estipulada como um período em que é possível realizar o trabalho e ainda dormir o tempo adequado e manter uma vida pessoal.
No entanto, as atualizações e facilidades do trabalho atual, como o trabalho remoto, a comunicação virtual síncrona (mensagens, videochamadas) e a interconectividade com pessoas de todo o mundo tornaram o trabalho mais dinâmico e cheio de potencial. Com isso, aumenta também a pressão sobre os trabalhadores que acabam ficando sobrecarregados para tentar atender às infinitas possibilidades.
Quais suas consequências?
Responder e-mails e mensagens rapidamente, estar sempre online, aumentar a produtividade, estabelecer diferentes projetos de uma só vez e acumular funções dentro de uma empresa são algumas das situações que culminam no trabalho excessivo. Por outro lado, essas são também atividades “valorizadas” e romantizadas no mercado de trabalho, como sinônimos de um bom profissional.
Como consequência, esses profissionais têm uma série de sintomas físicos e psicológicos de sobrecarga, ao mesmo tempo em que se sentem pressionados a atender esse padrão para serem considerados profissionais exemplares. Com isso, muitos sentem estresse, ansiedade, angústia, insegurança, sensação de impotência e outras emoções negativas relacionadas ao trabalho.
Para manter seus trabalhos, é comum que profissionais suprimam esses sentimentos em nome de seus empregos, podendo chegar a casos de completa fadiga, burnout, transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico, quadros de depressão, entre outros. Por esse motivo, é fundamental questionar o excesso de trabalho e sempre buscar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Por que o excesso de trabalho não significa produtividade?
Apesar dessa tendência atual de romantizar o trabalho em excesso, ser um profissional qualificado e produtivo não tem nada a ver com trabalhar cada vez mais horas. Um bom profissional, na verdade, é que consegue organizar suas demandas dentro do tempo, fazendo a jornada render e entregando com qualidade o que é humanamente possível dentro daquele prazo.
Além disso, ter tempo para descansar, alimentar-se bem, praticar atividades físicas, conviver com a família e os amigos e desenvolver hobbies é fundamental para a criatividade, o bem-estar físico e mental e, consequentemente, para ter bons resultados também na vida profissional.
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