Admitida como doença do trabalho pela Organização Mundial do Trabalho (OMS) desde 01 de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout, ligada ao esgotamento profissional, tem ganhado destaque e atenção no debate público pelos prejuízos físicos e psicológicos que traz para quem a desenvolve.
Em linhas gerais, a Síndrome de Burnout pode ser definida como uma doença emocional de estresse, esgotamento físico e exaustão extrema decorrentes do trabalho, podendo levar a casos agudos de ansiedade e estresse, quadros depressivos e até sintomas físicos, como pressão alta, desmaios, dores de cabeça,entre outros.
Sendo a síndrome uma doença do trabalho decorrente do estresse que o cotidiano profissional pode causar, é possível traçar um perfil mais propenso a desenvolvê-la. Foi o que o especialista em saúde mental e transtornos do humor, Gordon Parker, fez em seu novo livro “Burnout: A Guide to Identifying Burnout and Pathways to Recovery”, ainda sem edição em português (em tradução livre: “Burnout: um guia para identificar o esgotamento e os caminhos para a recuperação”).
Perfil mais propenso a desenvolver a síndrome
De acordo com a pesquisa e as análises de Parker, professor da Universidade de New South Wales, e de sua equipe ao longo do trabalho de produção do livro, o perfil mais afetado pela síndrome de burnout é o de pessoas que possuem o perfeccionismo como característica forte em sua personalidade; ele é considerado um fator de predisposição à doença.
Em uma reportagem do Jornal O Globo, Gordon Parker resumiu a tese: “Pessoas com traços perfeccionistas costumam ser excelentes profissionais, pois são extremamente confiáveis e conscienciosas. No entanto, eles também são propensos ao esgotamento, pois estabelecem padrões irrealistas e implacáveis para seu próprio desempenho, que são impossíveis de cumprir".
É neste fator que reside a “permissividade” que pode levar ao burnout: ao buscar a perfeição e estabelecer padrões muito difíceis de alcançar, dia após dia, o profissional “empurra seus limites”, frequentemente trabalhando uma grande quantia de horas por dia, desvalorizando o descanso e exercendo sobre si mesmo uma autocobrança extrema.
Como evitar o burnout
Ao longo do livro, além de apresentar o panorama do perfil pessoal e profissional mais afetado, Gordon Parker também apresenta alguns caminhos, trabalhados por especialistas e interessados no tema, para evitar e superar a Síndrome de Burnout.
Por ser uma doença que reside no acúmulo de estresse, ansiedade e sobrecarga relacionados ao trabalho, as formas de prevenção estão também ligadas ao manejamento dessas situações ao longo do tempo, isto é, no encontro de equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal e outras esferas da vida.
Ter tempo de qualidade para o lazer e o sono, estabelecer limites para os afazeres profissionais, alimentar-se bem e praticar atividades físicas e outras atividades de bem-estar, como a meditação e o mindfulness, são algumas das principais dicas para evitar a síndrome. Em casos em que o problema se aproxima e o estresse já é exacerbado, buscar por um afastamento temporário também é indicado.
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