O que você considera fundamental para o seu dia a dia de trabalho? Alguns fatores, como remuneração adequada e boas condições para execução das atividades básicas do dia a dia, são básicos e desejados por todos os profissionais independentemente da área. No entanto, outros critérios têm ganhado popularidade nos últimos anos. A flexibilidade no trabalho é uma delas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer, aproximadamente 43% dos trabalhadores brasileiros veem a flexibilidade como um ponto importante da vida profissional e desejam tê-la em seu cotidiano de trabalho. Alguns acontecimentos recentes influenciam o resultado, como as adaptações após a pandemia de Covid-19 e o desenvolvimento de ferramentas virtuais para o trabalho.
Neste artigo do Caderno Nacional, você confere mais informações sobre o levantamento, as motivações para o resultado e benefícios da flexibilidade no cotidiano profissional. Continue a leitura!
Levantamento e resultados
A Mercer é uma empresa americana de gestão de ativos e faz parte do grupo Marsh & McLennan (NYSE: MMC), referência em serviços nas áreas de risco, estratégia e pessoas. A pesquisa “Avanço das organizações empáticas e flexíveis”, realizada em 2022 pela empresa, aponta a importância da flexibilidade no momento atual do trabalho no Brasil e no mundo.
Quando comparada ao resultado global, a porcentagem de brasileiros que buscam a flexibilidade no trabalho é modesta. Enquanto no Brasil 43% dos trabalhadores visam a flexibilidade, a média global, que considerou com 16 países, é de 60% de interessados em um trabalho flexível.
Motivações para a alta busca por flexibilidade
O resultado, com quase metade dos entrevistados priorizando a flexibilidade, leva em conta especialmente os modelos de contratação remoto e híbrido, isto é, quando ocorre a combinação entre o teletrabalho e a atuação presencial.
Uma das explicações para esse fato é foram as mudanças que a pandemia de Covid-19 impôs a muitos cotidianos de trabalho. Com a exigência do isolamento social, as empresas que puderam adotaram o modelo remoto ou híbrido para evitar o contágio pela doença.
Com isso, apesar do contexto complicado, muitos profissionais passaram a trabalhar no modelo home office e se adaptaram bem ao formato, aproveitando benefícios como poder passar mais tempo com a família, evitar o tempo do deslocamento e poder encaixar pequenos compromissos, como afazeres domésticos e consultas médicas, próximos à jornada de trabalho ou dentro dela.
Essa flexibilidade, de horários e demandas, inclui encaixe de compromissos pessoais e mais tempo para equilibrar vida pessoal e profissional, tornando-se um diferencial para uma carreira mais saudável e satisfatória.
Um benefício improvável da flexibilidade
Além das vantagens citadas acima, como o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, a flexibilidade no trabalho permite que o colaborador exerça sua autonomia e autogestão de forma plena. Uma vez que ele tem uma jornada de trabalho flexível e moldável às suas demandas, torna-se possível que ele mostre ao seu gestor que possui capacidade de gerir seu próprio trabalho de forma responsável.
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