O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente dados relativos à ocupação de jovens brasileiros. De acordo com dados da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais (SIS): Uma análise das condições de vida da população brasileira”, de 2021, cerca de 12,7 milhões de pessoas se enquadram na condição de sem estudos e sem emprego, o que configura 25,8% da população de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil.
Está nessa situação ou conhece alguém que está? Veja mais sobre a notícia, seu contexto e seus desdobramentos neste texto do Caderno Nacional.
Cenário atual
Considerando todo o espectro de jovens na idade definida (entre 15 e 29 anos) em 2021, a parcela mais expressiva é do grupo que apenas estava ocupado, isto é, apenas estava trabalhando — com 36,7% dos participantes do levantamento. Em seguida estava o grupo que só estudava, com 26,6% dos entrevistados.
A parcela a seguir é dos jovens que não estudam nem trabalham, como apontado anteriormente, com 25,8% da amostra. Por fim, o menor grupo era de quem estudava e possuía ocupação simultaneamente, representado por 10,8% dos participantes.
A porcentagem de jovens nesta situação de indefinição, de 25,8%, ainda é menor do que a que houve em 2020. Isto porque 2020 foi o ano de maior impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho, e a parcela de jovens que não estudavam nem trabalhavam chegou a 28%.
Ainda, é importante destacar uma observação do IBGE: existe uma desigualdade regional marcante nessa análise de jovens que não estudam nem possuem ocupação. As regiões Norte e Nordeste do país apresentam maior índice de jovens desocupados e longe dos estudos (com exceção de Rondônia) do que a média nacional, ao passo que Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam percentuais deste grupo abaixo da média nacional.
A nomenclatura
Neste levantamento mais recente, feito em 2021, o IBGE optou por suspender o uso da expressão “nem-nem” (nem estuda nem trabalha) para designar este grupo de jovens; o objetivo é evitar a conotação pejorativa do termo.
Sugere-se, então, o uso de um novo termo para designar este grupo: “neno”, isto é, “não estuda nem está ocupado''). A sugestão é para a utilização de um novo termo para descrever o grupo: neno, não estuda nem está ocupado.
Complicações do cenário
Muito deste cenário crítico vêm das consequências da pandemia de Covid-19 e suas correlações sociais nos últimos anos, além de uma crise econômica e mudanças relevantes nas legislações trabalhistas nos últimos anos. A situação que se impõe sobre os jovens é complexa e exige atuação por diferentes frentes, incluindo principalmente o mercado de trabalho e os setores educacionais.
É importante que jovens tenham oportunidades e experiência no mercado de trabalho, garantindo não só seu retorno financeiro, mas também evolução pessoal e profissional.
Ao mesmo tempo, é também fundamental que esses jovens tenham cada vez mais oportunidades de se especializar na área profissional em que desejam atuar, seja em nível superior com graduação, seja em nível ainda mais à frente, com pós-graduações e especializações.
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